22.6.10

Cotovelos

(...)

Faltava pouco para a sessão começar. Entrou na sala, já lotada, e desceu as escadas à procura de uma poltrona livre. Conseguiu um lugar lá na frente, quase na 'fila do gargarejo', como disse um senhor à sua esposa, sentado na fileira ao lado.

- Você guardando esse lugar pra alguém?
- Não... Fica à vontade!

Ele tinha um sorriso maroto, cabelo desgrenhado e barba por fazer.

Ela sentou-se, desligou o celular, sacou sua garrafa de água de dentro da bolsa (artifício para amenizar sua tosse)e se ajeitou confortavelmente.

O perfume dele era bom, a risada era gostosa. E os cotovelos ali, roçando.

(...)


(DE CONTA, Faz. "Aumenta mas não inventa!". São Paulo: Editora Nonsense, 2010. pág.930)


2 comentários:

Anônimo disse...

Ah que foi uma delícia chegar aqui e ler um post! Teve uma conversa sobre manter ou não manter o blog não teve? Ou já estou ficando louca?
Bem, de qq forma, estou feliz! :)
Bjos,
Ly

Faz-de-conta disse...

Hahahaha, eu sempre tenho essas conversas! Mas enfim, aos poucos eu vou voltando: uma mexidinha aqui, outra ali, um post mais adiante, e o blog vai sobrevivendo. Que bom que ainda me lê! :)

Beijão