JUCA PATO, O TRAIDOR

Juca Pato, O Traidor
nasceu em Cedro, Ceará,
aos 17 de outubro de 1959.
Juca Pato, O Traidor
pegava o trem que o levava à Paraíba
carregando nos bolsos os ovos
que ele “catava” nas feirinhas:
nunca chegavam inteiros...
Então, por que em pegá-los ele insistia?
Juca Pato, O Traidor
chegou a São Paulo no final da década de 70.
Sua mãe lhe mandou procurar emprego
e ao centro ele foi.
Viu uma placa e com o dono da loja conversou.
“Você começa amanhã, filho!”,
foi o que lhe disse tal senhor.
Mas Juca Pato, O Traidor
no outro dia, com sua marmita, para o centro seguiu
e a tal placa que viu, não mais achou.
Andou, andou, circulou, almoçou.
À noitinha, sem nada dizer, em casa adentrou.
Juca Pato, O Traidor
voltara a ver a placa ao final da semana
achando que era outro lugar.
Ofereceu-se para a vaga,
e, surpreso, viu o mesmo senhor lhe indagar:
“Esperei por você durante a semana,
já ia outro contratar!”
Juca Pato, O Traidor
casou-se aos 18,
foi pai aos 19,
teve a segunda filha aos 22,
a terceira, aos 32.
Juca Pato, O Traidor
trabalhou de motorista e cobrador
(e também como apontador),
ajudante em parque de diversões,
balconista de lanchonete.
Só não vendeu chiclete!
Hoje, Juca Pato, O TRAIDOR
é meio que radialista
meio que empresário,
e vive no mundo do forró.
E do garoto de anos atrás,
JUCA PATO tem saudades,
quando vê suas fotografias.
Juca Pato não tinha aquele barrigão,
não sofria de pressão,
não tinha fiapos brancos na barba e no peito.
Mas Juca Pato, O Traidor,
faz jus ao apelido e isso não vai mudar...
Que jeito?


FELIZ ANIVERSÁRIO, PAI!!!
TE AMO MUITÃO!!!

(OBS: Texto escrito para a aula de redação do REDIGIR -> Tema: O perfil do outro.)