7.8.12

SONHANDO NUMA MONTANHA-RUSSA

Vira e mexe tenho sonhos cinematográficos, com enredo, roteiro e elenco bem definidos (e locações um pouco duvidosas, é vero). Não raro acabo postando alguns deles por aqui. Mas o de hoje tava mais para o 'novo cinema', destes com roteiro fraco, 'cromaqui' e efeitos especiais de tirar o fôlego! Uau! #not

Eu tava não sei com quem (o elenco não faz muita diferença ness e tipo de filme) e, no susto (a pitada de aventura), ia parar na tal montanha-russa que era o último assunto nas redes sociais (um pouco de realidade pra você se sentir parte do filme). Ela não ficava em um parque (dose de surrealidade), mas no meio da cidade mesmo, envolta por viadutos. Era como se eu tivesse pego um táxi e... ooops! Isso é uma montanha-russa???? E ela vai desc..EEEEEEEEEEEEERRRR???? - gritei descontroladamente enquanto despencávamos, em uma quase queda livre, de uma altura onde era possível ver os vários helipontos espalhados pela cidade.

Mas não pensem vocês que esse foi o ápice da cena digna de exibição em sala 3D. Não mesmo!

Já lá embaixo, seguindo em altíssima velocidade, o carrinho fez a curva e simplesmente saiu dos trilhos! Na hora, pensei: ‘Bem que falaram que dava a sensação de que o carrinho ficava solto no ar’. Até que notei que a distância durante o ‘vôo’, de fato, era de uns 100 metros (o.O). Quando achei que ia morrer, clact! O carrinho voltou a se encaixar nos trilhos e o silêncio total (que até então eu não tinha percebido) foi substituído pelo som da metrópole e suas buzinas de um trânsito caótico, mesclado a uma música eletrônica com samples de game (Velozes e Furiosos e Speed Racer #feelings). E assim foi uma sucessão de curvas, vôos, silêncios, batidas eletrônicas, coração saindo pela boca. Até que, já habituada à situação e convencida de que não ia morrer, eu começava a observar melhor como aquilo funcionava: era uma espécie de imã gigante, com um poder de atração idem, que não permitia que o carrinho saísse do campo magnético (perdoem se eu tiver falando merda). Mesmo que a distância entre o carrinho-táxi e os trilhos fosse grande, estes últimos tratavam de ‘sugar’ o veículo de volta à sua origem. Não é genial? =D

Eu até pensava em sacar o celular e fazer um vídeo, mas temia ficar sem o aparelho (ah, vá!). Já em terra firme e indescritivelmente encantada com a experiência, estava na casa dos meus pais contando tudo e caçando um vídeo no Youtube de quem tivesse tido a coragem de empunhar seu smartphone, num ato nobre de compartilhamento (Oh!), mas era em vão.

E então, na hora de dormir (Inception!), ficava fazendo analogias daquela geringonça (que insulto!) com o mercado digital e a publicidade, das possibilidades, das ideias, das execuções, dos custos, de gerar experiências, do acreditar, ir lá e fazer... Mas antes de qualquer conclusão, acabei dormindo do lado de lá...

...e acordando desse lado aqui: a vida real, de altos e baixos, numa metrópole caótica. E longe de qualquer campo magnético que me faça andar nos trilhos. ;)

 
* Postado originalmente no Facebook em 07.08.12

Nenhum comentário: