Todo mundo sabe que eu não leio livros. E se não leio livros, obviamente não leio Caio Fernando Abreu. Mas embora não o leia, sempre li sobre ele. E hoje, cheguei à conclusão de que é ele que me lê, quando diz o que quero dizer, ou o que preciso ouvir...
"Chegue bem perto de mim. Me olhe, me toque, me diga qualquer coisa. Ou não diga nada, mas chegue mais perto. Não seja idiota, não deixe isso se perder, virar poeira, virar nada. Daqui a pouco você vai crescer e achar tudo isso ridículo. Antes que tudo se perca, enquanto ainda posso dizer sim, por favor, chegue mais perto."
(in Ovelhas Negras)
"Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada 'impulso vital'. Pois esse impulso é, às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento, te surpreenderás pensando algo assim como ‘estou contente outra vez'."
(in Caio 3D O Essencial da década de 1980)
* Valeu, Evy!
Um comentário:
Caio tem o mesmo dom, embora em menor escala pelo menos no meu caso, que Clarice de nos ler e nos desenhar nas palavras... chega a parecer invasivo, eu leio e penso: MEU DEUS... eles me conheceram...rs
Não precisa agradecer, você sabe...
Bjossss!
E vai passar...
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