Depois de uma semaninha nada fácil (e de pouco sono), nada mais justo do que ter na seqüência uma semana curta, com um superfindiprolongado!!!
Na dúvida sobre o que faria nestes quatro dias (que, graças a Deus, ainda não acabaram!), terminei a noite da quarta-feira na vídeo-locadora aqui do bairro. Obviamente que a alguns minutos do seu fechamento eu não encontraria os lançamentos “mais fodas”, então, sem pensar muito, me ative às prateleiras dos catálogos, em busca de filmes que “sempre ouvi falar”, “várias pessoas já me indicaram”, “sempre quis assistir” ou ainda “já aluguei, mas devolvi sem ver”.
Noiva em fuga (Runaway Bride. EUA, 1999. Dir.: Garry Marshall)
Filmes assim, com cara de Sessão da Tarde, eu costumo assistir dublado. E ainda coloco legendas para evitar ficar voltando o filme caso alguém entre falando (o que é beeeeem comum na minha casa).
Quem costuma fazer isso sabe que raramente os textos batem. Geralmente a legenda tem tradução fiel, quase ao pé da letra, enquanto que a dublagem é regionalizada, com expressões e piadas locais. Mas neste filme, em particular, a regra se inverte, me obrigando a pegar papel e caneta para anotar as pérolas (TD para texto da dublagem e TL para texto da legenda):
TD: Você é menor de idade.
TL: Você é de menor.
TD: Vou indo nessa.
TL: Vou puxar o carro.
TD: Ah, vem cá. Me dá aquele seu abraço!
TL: Ah, cadê aquele seu sorriso Colgate?
TD: Me lembra aquele filme, “O silêncio dos inocentes”.
TL: Me lembra aquele filme, “O silêncio dos cordeiros”.
TD: Você está tentando me seduzir.
TL: Você está tentando me adular.
TD: O “V” que eu vi, se duplicá-lo ele forma um “W”. É um “V” duplo, de duas vitórias!
TL: O “V” que eu vi, se duplicá-lo ele forma um “M”, de Matrimônio.
Anyway...rs.
Quanto ao filme... Ah! É só mais um filme com a Julia Roberts, né? Então, não se pode esperar muito mais do que uma mulher inteligente, que seduz pela naturalidade, que parece ser resolvida e dona de si, mas que acaba se mostrando frágil nos braços do “mocinho grisalho” – neste caso, um patético Richard Gere. Nem dá pra chorar.
Buenos Aires 100 Km (Idem. Argentina, 2004. Dir.: Pablo José Meza)
Este eu queria ter visto na telona, na época em que esteve em cartaz. No entanto, vejo que não perdi muito.
A sinopse vende uma espécie de “Conta Comigo” latino. Cinco garotos, amigos inseparáveis, descobrindo o sexo, a vida e os valores da amizade. Centrado nos conflitos, digo, imposições familiares, temos um filme silencioso, isento de trilha ou mesmo de diálogos mais intensos. Nâo há surpresas e nem um desfecho que o tire da mesmisse.
Como lição, talvez a de que não importa o quão amigo você seja, nem sempre precisa dizer toda a verdade. Omiti-la, por vezes, pode ser a melhor prova de que se importa com alguém.
A Ilha (The Island. EUA, 2005. Dir.: Michael Bay)
Um filme bom. Ponto. O argumento é ótimo, os efeitos (mais que super) especiais convencem e o elenco também (Ewan McGregor está demais! E em dose dupla!). A ação nos deixa presos à cadeira (sofá e afins) e nos transporta para o universo dos personagens, fazendo-nos compartilhar das suas angústias. Mas, sem querer bancar a crítica, achei que o roteiro é cheio de falhas.
Sorry se eu estiver “spoilerando”, mas como é que um lugar com ares de base militar em pleno ano de 2019 (acho) não tem vigilância por câmeras? Como é que o personagem do Ewan consegue fazer aquela “sondagem exploratória” por áreas proibidas a seres como ele sem que seus passos sejam monitorados?
E aquelas pulseiras que carregam em seus pulsos desde o nascimento: se não têm sensores (para localizá-los na fuga, por exemplo), pra que servem? Pelamor! Localizar os fugitivos pela utilização de um cartão de crédito é o tipo de “segurança” que temos hoje! Então não me venha pedir pra achar normal que um filme de ficção com um argumento envolto em tanta ciência e tecnologia não tenha sido pensado nestes mínimos detalhes! “Mas aí não teria filme, Baladeira!”, alguém me diria. Tá, pode ser, talvez eu seja cri-cri mesmo. Mas enfim, me frustrei.
Mas ainda assim destacaria as ótimas frases que surgem de alguns diálogos a respeito da humanidade:
“É necessário que os seres tenham vida, vivam com sentimentos para que seus órgãos não morram.”
“A curiosidade humana é que estraga tudo.”
“A Ilha foi criada para lhes dar esperança.”
E a máxima da espécie humana: “Eu quero viver, não quero morrer.”
Como se fosse a primeira vez (50 First Dates. EUA, 2004. Dir.: Peter Segal)
Nossa, eu já tinha ouvido tanto falar desse filme! De mocinhas românticas falando do “homem ideal” a uma publicitária que citou frases do filme numa das últimas reuniões da agência. E qual seria a MINHA impressão?
Hahaha... não sei. Acho que só a TPM explica minha “sensibilidade” para os filmes assistidos nesse final de semana.
Pra mim é mais uma comédia romântica com Adam Sandler: divertida, engraçadinha, repleta de besteiróis e amarrada com uma lição de moral ao final. Neste caso, a metáfora que acompanha todo o filme: o objetivo de conquistar quem se ama todos os dias. E só.
Cuba Libre (Dreaming of Julia. EUA/Alemanha, 2003. Dir.: Juan Gerard)
Confesso que aluguei porque a capa do DVD trazia Gael Garcia Bernal. Mas a frustração veio logo no momento de selecionar idiomas: inglês ou português. “Como assim?”, pensei, “Não é um filme latino?”. Anyway...
Tive dificuldade para agüentar o primeiro terço do filme, que me pareceu lento e confuso quanto a personagens e situações. Talvez pela própria confusão que os cercava: o início da revolução cubana.
Nos dois terços seguintes o filme segue num ritmo próximo de gostoso. Narrado sob a ótica nostálgica de quem viveu tais turbulências ainda garoto, são essas lembranças que nos farão parte deste universo: o do garotinho admirador de cinema, fortemente ligado à avó e recém-despertado para uma paixão por uma garota mais velha e, portanto, não correspondido. Destaque também para a amizade que surge entre ele e Julia, a americana que acaba sendo para ele a personificação de sua heroína das telas.
Laços afetivos, sonhos e ideais compõem a narrativa. Mas não posso terminar sem dizer: bacana mesmo foi ver nos traillers que “Dirty Dancing 2” tem Diego Luna no elenco!!! (rs)
Um ótimo restim de domingo procêis!!!!
Um comentário:
Faltou falar dos "merchans":
* Noiva em Fuga
Na última fuga Júlia Roberts sai da igreja e pega carona em um caminhão da FEDEX. Alguém diz "Pra onde ela está indo?" "Eu não sei, só sei que chegará até 10h30" (acho que é esse o horário, rs)
* A Ilha
Eles precisam achar seus "originais" e entram em cabines telefônicas, algo como "MSN Search", digitam um nome e plin! Já estão conectados com câmera e tudo!
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