Há alguns meses todos nós, paulistanos ou não, acompanhamos as notícias de supostas bombas colocadas nas lixeiras das estações do Metrô de São Paulo. Digo supostas porque eu não tomei conhecimento de que alguma maleta suspeita, de fato, contivesse o artefato (fica aqui o espaço para quem tiver informações que me contradigam).
De qualquer forma, as lixeiras que ficavam nas plataformas das estações foram retiradas "por medida de segurança", conforme me disse um funcionário da companhia. Pois é, enquanto nos Estados Unidos foi criada uma ação para "tranquilizar" a população a respeito do medo de bombas no mobiliário urbano, aqui as ações reforçam os nosso pânico.
Mas o que fico me perguntando é se realmente se faz necessária essa atitude drástica, radical. Tudo bem que em Londres é assim, e talvez em outras metrópoles pelo mundo também seja. Mas eu nunca estive Londres, não conheço os britânicos e não sei se eles seguem a "etiqueta" que consta do link acima.
O que sei é que aqui, em São Paulo, poucas são as pessoas que se predispõem a carregar consigo o "lixo imediato" (papéis de bala, embalagens de salgadinhos, latinhas de refrigerante, etc.), até encontrarem a lixeira mais próxima.
De qualquer forma, as lixeiras que ficavam nas plataformas das estações foram retiradas "por medida de segurança", conforme me disse um funcionário da companhia. Pois é, enquanto nos Estados Unidos foi criada uma ação para "tranquilizar" a população a respeito do medo de bombas no mobiliário urbano, aqui as ações reforçam os nosso pânico.
Mas o que fico me perguntando é se realmente se faz necessária essa atitude drástica, radical. Tudo bem que em Londres é assim, e talvez em outras metrópoles pelo mundo também seja. Mas eu nunca estive Londres, não conheço os britânicos e não sei se eles seguem a "etiqueta" que consta do link acima.
O que sei é que aqui, em São Paulo, poucas são as pessoas que se predispõem a carregar consigo o "lixo imediato" (papéis de bala, embalagens de salgadinhos, latinhas de refrigerante, etc.), até encontrarem a lixeira mais próxima.
(* a intenção é colocar uma imagem aqui)
O resultado é o que se vê nestes dois exemplos, flagrados na Estação Sé há exatamente uma semana (se eu dissesse "há dois dias" ou "ontem" não faria diferença porque continua tudo igual).
(** só peço um pouquinho de paciência!)
Diante da situação (que me incomoda, e muito!), comecei a pensar em outras alternativas. Sei lá, poderiam colocar ao menos uma lixeira, grande, em cada extremidade da plataforma, monitorada pela câmera que já existe lá. Ou, talvez, colocar lixeiras transparentes em substituição às anteriores. Bom, mas aí eles falariam de "custos"...
Enfim, o fato é que por um lado, temos o lixo que sempre será "produzido" nesses locais (ou o que dizer sobre a existência de máquinas de refrigerantes, salgadinhos e afins instaladas na própria plataforma?). Por outro, temos a ausência das lixeiras aliada a um "pouquinho" de falta de bom senso por parte dos usuários (não posso culpá-los totalmente). Epa! Espere aí! Eureca!!!! Distribuição de sacolinhas aos usuários!
Pensem comigo: as pessoas ficariam "felizes" por estarem "colaborando" com a limpeza do metrô. A companhia também ficaria "feliz" porque diminuiriam as críticas referentes ao assunto e, de quebra, ainda levariam aqueles títulos bonitos de "responsabilidade social", "ação cidadania" e coisas do tipo. Ah, mas quem ficaria feliz mesmo, de verdade, seriam as empresas patrocinadoras, com suas marcas estampadas nas sacolinhas carregadas pelas mãos de milhões de paulistanos, de cá pra lá, de lá pra cá...
É... Talvez esteja aí um novo lixo, digo, nicho pro setor de mídia.
Fotos (que ainda não consegui baixar) by Emerson Soares
Enfim, o fato é que por um lado, temos o lixo que sempre será "produzido" nesses locais (ou o que dizer sobre a existência de máquinas de refrigerantes, salgadinhos e afins instaladas na própria plataforma?). Por outro, temos a ausência das lixeiras aliada a um "pouquinho" de falta de bom senso por parte dos usuários (não posso culpá-los totalmente). Epa! Espere aí! Eureca!!!! Distribuição de sacolinhas aos usuários!
Pensem comigo: as pessoas ficariam "felizes" por estarem "colaborando" com a limpeza do metrô. A companhia também ficaria "feliz" porque diminuiriam as críticas referentes ao assunto e, de quebra, ainda levariam aqueles títulos bonitos de "responsabilidade social", "ação cidadania" e coisas do tipo. Ah, mas quem ficaria feliz mesmo, de verdade, seriam as empresas patrocinadoras, com suas marcas estampadas nas sacolinhas carregadas pelas mãos de milhões de paulistanos, de cá pra lá, de lá pra cá...
É... Talvez esteja aí um novo lixo, digo, nicho pro setor de mídia.
Fotos (que ainda não consegui baixar) by Emerson Soares
3 comentários:
Lu, legal vc olhar como oportunista no que tange a comunicação. Contudo, um fato é que estaríamos produzindo mais lixo, já que as sacolinhas levam 400 anos para se decompor. Retirar as lixeiras é um crime tão ediondo quanto colocar bombas nelas. Se retirar as lixeiras resolve o problemas das bombas, avisem o Bush. A soluçao é melhorar o policiamento, a vigilancia monitorada... sei-lá. Ou sacolinhas biodegradaveis.
Enfim, adorei o "retorno" ao ar.
bjs
hehe!, muito bom o post! e fico muito grato com o trackback para o iZIP :]
Sucesso! volta e meia voltarei para revisitá-los :]
:}
Sinceramente, não vejo essa "inclinação ao terrorismo" sedimentada na nossa cultura. Se é que alguém pensou em colocar ou colocou uma bomba na lixeira do metrô, provavelmente era algum moleque querendo chamar a atenção. Precisamos começar a nos perguntar quem é que ganha com essa "indústria do medo". Incitar o pânico nas pessoas tem se mostrado um excelente nicho de mercado, melhor até que qualquer idéia de sacola ecológica.
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