Como se já não bastasse vir resmungando durante todo o trajeto, o que me irritava profundamente, a mulher senta-se e solicita ao cobrador que a avise quando estiver próximo o ponto da Praça da República.
“Não acredito no que estou ouvindo!”, pensei.
Já estávamos ali na rua do Corpo de Bombeiros, a umas duas quadras do Terminal Parque Dom Pedro.
- Só na volta, senhora. – informou-lhe o cobrador, solícito.
- Como na volta?!?!? – exaltava-se a mulher que, ainda por cima, era portadora de uma voz estridente. – Eu perguntei pro motorista e ele me disse que passava lá!
- Passamos na volta, senhora. Este ônibus é circular. A senhora pode ir até o terminal e volta com a gente, que nós deixamos a senhora lá.
- Mas eu perguntei pro motorista: “Passa na República?” “Sim, passa!”. Se a gente pergunta é porque não sabe!
Bom, a conversa-discussão (por parte do cobrador e por parte dela, respectivamente), durou mais alguns minutos e, em meio ao trânsito, o desembarque daquela mulher ocorreu por ali mesmo.
Mas a minha indignação já havia sido despertada. Ouvi perfeitamente quando a pessoa em questão entrou no ônibus meio que “confirmando” ao motorista:
- Este ônibus passa na República, né?
- Passa perto... – fora interrompido.
- Ali na São João, né? Vou ficar por ali.
Então adentrou, sem tempo para ouvir o “...da São João fica longe...”, dito pelo motorista. E, é claro, como tudo fica mais fácil jogando-se a culpa no outro...
O fato é que não sei ao certo o porquê de aquilo me deixar a ponto de explodir. Se por ter tido um dia difícil, ou se por não ter conseguido curtir o meu cochilo habitual, visto que a tal mulher era só resmungos e bufadas localizados no assento logo atrás de mim.
Pode ser ainda por ter associado toda a situação aos vários desaforos que o meu pai possa ter ouvido, ao longo dos mais de dez anos em que trabalhou como motorista de transportes coletivos.
De qualquer forma, e por qualquer dos motivos, a indignação era grande e, naquele momento, aquela pessoinha havia feito eu desacreditar na humanidade.
“Não acredito no que estou ouvindo!”, pensei.
Já estávamos ali na rua do Corpo de Bombeiros, a umas duas quadras do Terminal Parque Dom Pedro.
- Só na volta, senhora. – informou-lhe o cobrador, solícito.
- Como na volta?!?!? – exaltava-se a mulher que, ainda por cima, era portadora de uma voz estridente. – Eu perguntei pro motorista e ele me disse que passava lá!
- Passamos na volta, senhora. Este ônibus é circular. A senhora pode ir até o terminal e volta com a gente, que nós deixamos a senhora lá.
- Mas eu perguntei pro motorista: “Passa na República?” “Sim, passa!”. Se a gente pergunta é porque não sabe!
Bom, a conversa-discussão (por parte do cobrador e por parte dela, respectivamente), durou mais alguns minutos e, em meio ao trânsito, o desembarque daquela mulher ocorreu por ali mesmo.
Mas a minha indignação já havia sido despertada. Ouvi perfeitamente quando a pessoa em questão entrou no ônibus meio que “confirmando” ao motorista:
- Este ônibus passa na República, né?
- Passa perto... – fora interrompido.
- Ali na São João, né? Vou ficar por ali.
Então adentrou, sem tempo para ouvir o “...da São João fica longe...”, dito pelo motorista. E, é claro, como tudo fica mais fácil jogando-se a culpa no outro...
O fato é que não sei ao certo o porquê de aquilo me deixar a ponto de explodir. Se por ter tido um dia difícil, ou se por não ter conseguido curtir o meu cochilo habitual, visto que a tal mulher era só resmungos e bufadas localizados no assento logo atrás de mim.
Pode ser ainda por ter associado toda a situação aos vários desaforos que o meu pai possa ter ouvido, ao longo dos mais de dez anos em que trabalhou como motorista de transportes coletivos.
De qualquer forma, e por qualquer dos motivos, a indignação era grande e, naquele momento, aquela pessoinha havia feito eu desacreditar na humanidade.
2 comentários:
Entrei, li a primeira frase e pensei; "Puxa a Lu escreveu isso do Luau"... li a segunda frase e conclui: "Ah, esse post aqui ainda!"
Bjo
engraçado como nos colocamos e vivemos diariamente tal situação...
o que me impressiona é a sutileza no qual esse texto foi escrito...
parece que vc está lá vivenciando cada instante...
seja lá quem vc é... ganhou um admirador....
codinome...
nadademais
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